"I am human and I need to be loved, just like everybody else does"

sábado, junho 24, 2006

No negro horizonte

Os nossos olhos brilhavam a cada estoiro no céu. Estrelas explodiam no infinito. O efeito era reproduzido fielmente na face de um prédio espelhado e no ecrã de um telemovel, capturado pela aquela objectiva indiscreta, numa resolução de 320 por 240.

Foguetes numa noite fria.

No ar pairava aquele cheiro característo, acusando de imediato o cigarro de enrolar. Não havia escapatória possivel. Mais tarde, na esquina da esquadra da policia, fumamos um cigarro. Encostados, um pé no chão, outro na parede. Rimos no presente de situações passadas no passado.

O mel escorria, preguiçoso, naquela doce torrada.